sábado, 21 de dezembro de 2013

A BÍBLIA DO CINEMA - INTRODUÇÃO A UM TRABALHO GUARDADO A SETE CHAVES QUE, AGORA, REVELO AO GRANDE PÚBLICO

ORSON WELLES ESTÁ ENTRE UM DOS PRIMEIROS GRANDES GÊNIOS DO CINEMA MUNDIAL. ANTES DELE TIVEMOS CHARLIE CHAPLIN, BUSTER KEATON, DAVID W. GRIFFITH E SERGEI EISENSTEIN.

SERGEI EISENSTEIN

DAVID W. GRIFFITH

AFONSO SEGRETO, UM DOS IRMÃOS SEGRETO, QUE PRODUZIU OS PRIMEIROS FILMES QUE FORAM PARA AS SALAS DE CINEMA NO BRASIL.

  Este blog segue meu antigo sonho baseado nos mesmo moldes da "Bíblia do Rock", que é contar a história do cinema no Brasil e no mundo, apresentando os depoimentos dos realizadores, atores e produtores de todas as épocas, em uma trilogia de livros. Do século XIX ao século XXI. Trata-se da "Bíblia do Cinema", uma obra multimídia que também provará que o jornalismo investigativo não morreu. De fato, muita coisa sobre cinema ainda continua ausente na internet. Todas as obras que li até então sempre faltava alguma coisa. Ou não seguiam uma linha evolutiva da sétima arte ou subestimavam sempre a cinematografia brasileira e seus heróis sempre esquecidos: atores, diretores, equipes de produção, roteiristas, jornalistas, enfim, todas personalidades com uma história para contar (ou várias), mas aprisionadas pelo subdesenvolvimento cultural. Não é de hoje que se toca nessa ferida, Glauber Rocha foi um dos primeiros cineastas a se queixar do menosprezo dos brasileiros para com sua própria história.    
   Enquanto filmava e escrevia sobre meu sonho paralelo que era retratar com autenticidade e profundidade a história do rock no Brasil, era sempre cobrado por amigos a voltar aos palcos ou de investir em algo que eu pudesse ficar de frente para lente das câmeras, mas no decorrer de todo o processo, eu ficava com aquele sentimento nostálgico, aquela vontade imensa de retratar algo que conhecia também quanto o rock. O cinema entrou em minha vida durante a infância. Eu, desde pequeno, tinha uma mania de assistir um filme e depois escrever comentários e dar uma nota. Do início do século XX até hoje, assisti praticamente toda a cinematografia mundial. Das anotações desde os primórdios, mantive o hábito de assistir pelo menos dois filmes por dia. Nunca tive preconceito contra nacionalidade. Um filme, no meu entender, vai além de um entretenimento. É a forma mais completa de conhecermos nossa própria história sem sairmos de casa. É a única forma de arte que tem o privilégio do registro. O teatro, por mais maravilhoso que seja, nos passando o calor humano, a troca de energias, não oferece a vantagem do registro permanente. O cinema também oferece a opção de repassar a obra para gerações futuras. E quanto a TV? Bem, a TV qualquer pessoa iniciada no assunto sabe que é a arte do patrocinador. Dificilmente um trabalho de teledramaturgia atinge o status de arte, com exceção de algumas mini-séries de TV. Já no cinema existe uma liberdade de criação compartilhada entre atores, diretores, produtores, roteiristas e equipe técnica, que você não encontra em lugar algum. E quando um filme de cinema é exibido na TV atinge milhões de espectadores, algo que uma peça de teatro levaria décadas para atingir. Por outro lado, sem o teatro, jamais existiria "a grande escola". É do teatro que nascem os grandes atores, dramaturgos e até cantores. Como resistir a tudo isso?.. Se o mundo do cinema e do teatro andassem mais de mãos dadas, produziríamos maravilhas. Infelizmente, por questão de sobrevivência econômica, numa sociedade assumidamente capitalista, necessitamos de dinheiro para transformar todos os sonhos em realidade. Não que eu discorde totalmente deste modelo econômico, mas aprendemos a trabalhar somente com ele, não é mesmo?..
   E pra finalizar, repito o que outros colegas já disseram inúmeras vezes em inúmeras palestras, ou seja, dependemos do Estado para financiar filmes. No Brasil, o público pagante ainda prefere os blockbusters americanos. Fica difícil competir com um cinema que já possui tradição em nível de público e tecnologia de ponta. Nossos filmes, muitas vezes, precisam ser lançados em DVDs ou blurays para recuperar o prejuízo. Apenas Estados Unidos e China possuem um tipo de público que ajuda o filme a se pagar sozinho. Ainda tem gente pouco escolada no tema que defende a livre iniciativa de mercado. Esse pensamento é fora da realidade, principalmente num país como Brasil, que mesmo com a melhoria das bilheterias do ano de 2013, apenas filmes estrelados com atores e produtores da Globo Filmes conseguem se pagar. Portanto, pesquisem mais, senhores, antes de defenderem uma proposta que surgiu na Era Collor e que, com muita sorte, vimos morrer depois do final da Embrafilme.
   A intenção deste blog (provisório) é divulgar o andamento da "Bíblia do Cinema", da mesma forma que venho fazendo com a "Bíblia do Rock". Aqui não publicarei evidentemente nada sobre a trilogia de livros e sim críticas de filmes que assisti ao longo desses anos e que fazem parte da história. Serão comentários de filmes onde não pretendo assumir o papel de um crítico, prefiro falar com o ponto de vista de alguém que gosta de assistir e fazer cinema. Sou ator e cineasta com DRT desde o início da década de 1990. Tenho muitos trabalhos de ficção que pretendo lançar futuramente assumindo tais funções e que pretendo divulgar aqui, mas antes disso pretendo romper a barreira que existe entre os profissionais independentes e aqueles que desfrutam do mainstream. Sendo assim, espero não ficar estigmatizado como um maluco rocker que conviveu com todos os artistas e bandas da historia para posteriormente se assumir como um profissional do cinema. Não, senhores. É justamente o contrário. O cinema veio antes de tudo. De certa forma, o rock and roll caminhou simultaneamente, como minha trilha sonora de pano de fundo. Até na peça de teatro que dirigi e atuei em 1992, batizada de "Hippies Nunca Mais", rock e cinema estavam presentes. Depois veio a esquete que fez eu cair na estrada como ator "Rock and Roll a 300 Metros por Minuto" e que depois virou "Ritmo Rebelde". Quando a ideia de filme e série de livros surgiu durante a década de 1990, "Ritmo Rebelde" foi registrado com seu nome original (anteriormente pretendido) que era "Bíblia do Rock". Com certa morosidade, obtive o registro em 2003, pra quem não conhece, pelo Escritório de Direitos Autorais / Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Somente na entrada da segunda década do século XXI, após captar imagens de aristas com equipamento profissional próprio é que decidi que valeria a pena sair atrás de parcerias. Será através deste blog provisório e de outro mais objetivo e comercial que pretendo alcançar tal objetivo.      


O CINEMA, DESDE O PRINCÍPIO, CONSAGROU A PRESENÇA FEMININA. AS ESTRELAS ERAM MAIS OBJETOS DE DESEJO QUE ATRIZES PROPRIAMENTE DITAS.


COM O FIM DO CINEMA MUDO MUITAS CARREIRAS FORAM DESTRUÍDAS. MUITOS ASTROS E ESTRELAS (NÃO TODOS, CLARO) SE APOIAVAM NO BELO VISUAL QUE PODIAM OFERECER O PÚBLICO. O CINEMA FALADO OBRIGOU O SURGIMENTO DE ATORES DE VERDADE, QUE SABIAM PASSAR EMOÇÕES AO PÚBLICO. COMPROVADAMENTE, CHAPLIN, BUSTER KEATON, DOUGLAS FAIRBANKS E OUTROS PIONEIROS FORAM AS RARAS EXCEÇÕES NA ARTE DE REPRESENTAR. CHAPLIN, POR SUA VEZ, ERA CONTRA O CINEMA FALADO. PARA ELE, "IMAGENS FALAVAM MAIS QUE PALAVRAS".


CARMEN SANTOS, A PRIMEIRA GRANDE ESTRELA DE NOSSO CINEMA.


EDUARDO HIRTZ, RESPONSÁVEL PELO PRIMEIRO FILME DE FICÇÃO BRASILEIRO, "O RANCHINHO DO SERTÃO", PRODUZIDO POR ELE EM 1909.


ADHEMAR GONZAGA, CINEASTA E PRODUTOR RESPONSÁVEL PELO PRIMEIRO GRANDE ESTÚDIO DO BRASIL, A CINÉDIA.


O CARTAZ DIZ TUDO: UM FILME ESTRELADO PELO CANTOR VICENTE CELESTINO EM 1946. UM VERDADEIRO CAMPEÃO DE BILHETERIA.


TALENTO NATO; CANTORA E ATRIZ PORTUGUESA NATURALIZADA NO BRASIL, CARMEN MIRANDA FEZ SUCESSO EM HOLLYWOOD E VENDEU MILHÕES DE DISCOS.


OSCARITO E MARGOT LOURO, PIONEIRISMO NA ARTE DE FAZER RIR.


MAZZAROPI, NA DÉCADA DE 1950, ESTÁ ENTRE UM DOS MAIORES COMEDIANTES E CAMPEÕES DE BILHETERIA.




O CINEMA NOVO DESPONTOU EM 1955, COM "RIO 40 GRAUS", DE NELSON PEREIRA DOS SANTOS.







"CIDADE AMEAÇADA" (1960), COM GRANDE ATUAÇÃO DE REGINALDO FARIA.





OS CAFAJESTES, DE RUY GUERRA (1962).





"ASSALTO AO TREM PAGADOR", O GRANDE MARCO CINEMATOGRÁFICO DE ROBERTO FARIAS.




O CINEMA DE GLÁUBER ROCHA COM "DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL" (1964).




O CINEMA URBANO PAULISTANO REAGE COM "SÃO PAULO SOCIEDADE ANÔNIMA".




"OPINIÃO PÚBLICA" (1967), DE ARNALDO JABOR.




O CINEMA UNDERGROUND BRILHA COM "O BANDIDO DA LUZ VERMELHA" (1968).





"MACUNAÍMA" (1969), DE JOAQUIM PEDRO DE ANDRADE.





"TODA NUDEZ SERÁ CASTIGADA" (1973).