domingo, 22 de maio de 2016

FILMES PRODUZIDOS SEM A LEI ROUANET BRILHAM DE NORTE AO SUL.

por Emerson Links.





  Enquanto o debate nas redes sociais se torna cada vez mais radical em virtude da elite de artistas de esquerda ter (supostamente) se beneficiado de verbas astronômicas para a realização de suas produções cinematográficas, vários grupos independentes de artistas, produtores, técnicos e cineastas independentes de diversos estados do país, sem ranço ideológico, arregaçaram as mangas e tornaram realidade o sonho de fazer cinema. Aliás, esse é também um sonho alimentado pelo autor dessas linhas que há 17 anos está gravando o documentário mais longo da história, "Bíblia do Rock", com entrevistas dos pioneiros do ritmo que transformou o século XX e lançou a música jovem em todo o planeta. Por se valeu da convivência de nomes que não estão mais entre nós, "Bíblia do Rock" pretende ser a obra audiovisual mais completa do gênero. Entrevistas raras de nomes que inclusive antecederam a jovem guarda, tais como Celly Campello, Sergio Murilo, George Freedman, Tony Campello, Carlos Gonzaga, Baby Santiago, Wilson Miranda, Bobby Di Carlo, Demetrius, Renato e seus Blue Caps, The Jordans, The Clevers e assim por diante. Logo alguns destes seguiram na jovem guarda e novos nomes eclodiram como Roberto Carlos, Wanderlea, Erasmo Carlos, Ed Wilson, Meire Pavão, Ronnie Von, Leno e Lillian, Deny e Dino, etc. Correndo simultaneamente ao movimento jovem guarda havia bandas que se assumiam apenas como "rock", caso dos Mutantes, The Youngsters, Os Baobás e Made in Brazil (em início de carreira). Enfim, artistas que hoje ninguém imagina que tenha existido e numa época que era necessário ter voz e saber tocar algum instrumento. O rock and roll surgiu com uma batida bem primal e instrumental de cordas crú, que dificilmente algum roqueiro adepto do metal ou gótico entenderia como rock. Mas foi assim que tudo começou nos EUA e na Europa, o rockabilly, o som doo wop, spirituals, gospel, country and western , o blues urbano, folk e todas as vertentes colidindo umas contras outras. "BÍBLIA DO ROCK", livro e filme abordará tudo isso e muito mais.
  Pra completar, também, está em curso "A Bíblia do Cinema" (conforme atesta esse blog em sua primeira postagem) e o filme de ficção "O Amor nos Tempos da Internet". E muito dinheiro foi investido do próprio bolso nestes projetos que sequer encontraram algum produtor que alavancasse tudo via Ministério da Cultura.


George Freedman, jovem e belo, em início de carreira. Interpretava originais como "Adivinhão", que era de autoria de Baby Santiago. (1961)

Carlos Imperial era DJ, ator, produtor e agitador cultural. Foi graças a ele que o rock and roll ficou popular no Rio de Janeiro nos anos 1950.

O carioca Sérgio Murilo foi o primeiro cantor genuinamente "teen" da primeira leva do rock juntamente com Tony Campello e sua irmã Celly.


Os brotos legais, Celly Campello e Tony (Campello).


Tony Campello dando entrevista para Emerson Links, no inverno de 2000.



Baby Santiago, o esquecido compositor de vários sucessos que antecederam a segunda fase do rock durante a onda da jovem guarda.










Deny e Dino.


Leno e Lilian.



                                                  Serguei e Janis Joplin.

                                           Rita Lee e Tutti Frutti.



DESABAFO 1:

"Sem produtor, vou tocando meus projetos do jeito que dá. Esse papo de que os políticos de esquerda ou de direita se importam com artistas e produtores independentes é pura mentira. É discurso eleitoral. Só os fanáticos acreditam." (Emerson Links)

DESABAFO 2

"No Brasil, por todos lugares que rodei entrevistando e documentando shows de cerca de 1800 artistas e bandas de todas as épocas, nunca encontrei uma parceria de fé que pudesse se unir a mim e cristalizar o projeto de livro e longa-metragem. Levo uma vida nômade desde 1999 para biografar minuciosamente esses 60 anos de rock no brasil e no mundo. Fora o romance que escrevi e chegará a versão final agora em agosto, também, deixando para a posteridade mais um produto "Bíblia do Rock". Infelizmente, eu não sei se algum dia encontrarei co-produtores sérios no Brasil. Eu devia ter saído do país na época que me fizeram convite, quando eu tinha 17 anos e comecei tudo. Se fosse lá fora garanto que alcaçaria resultados. Aqui, só sabem apoiar filme de favela ou comédias românticas de uma classe média ou baixa, sem a veracidade adequada. Se for para dividir a "Bíblia do Rock" com um produtor medíocre prefiro colocar fogo em tudo e levar toda a história para o túmulo. Ao menos será um trunfo meu tornar tudo inedito para sempre, pois investi dinheiro, trabalho, suor e lagrimas em tudo isso". (Emerson Links)



ASSISTA ESSA REPORTAGEM DE TV PARA CONHECER O PROJETO:









CINEMA X SOCIEDADE      

  É de conhecimento público que o Governo anterior beneficiou muitos profissionais de diversos segmentos culturais e artísticos (não apenas cinema) e que uma grande parte foi de celebridades consagradas que não necessitavam de uma Lei de amparo, pois seus projetos eram (e ainda o são) altamente lucrativos. A grande verdade é que, ignorando qualquer pesquisa já realizada por jornais e revistas, o público brasileiro ainda possui preconceito contra o cinema nacional (a própria expressão incomoda e bem que poderia ser compactada apenas como "cinema"), graças, entre outros fatores, a concorrência desleal das produções norte-americanas que já chegam no Brasil com a bilheteria paga e ainda assim monopoliza a distribuição nas salas de cinema. Sem ter como competir com um país mil vezes avançado tecnologicamente, com um star system assegurado em todo o planeta, as produções fecundadas em solo tupiniquim, amargam na hora de arrecadar verbas para a viabilização. Mesmo que um filme seja realizado por uma major brasileira, qualquer cidadão deveria saber que os custos são altíssimos, não por  questão de luxo, mas porque tanto a matéria prima quanto a mão de obra qualificada são cobradas taxas exorbitantes. Não é mesmo que gravar um disco ou um livro. Daí, a confusão nas redes sociais pregada pelos mal informados de plantão que ficam retaliando a tudo e a todos. Em primeiro lugar, se artistas de esquerda (ou de direita) infiltrados no Ministério da Cultura do governo Dilma, realmente desviavam verbas essa é uma questão a ser investigada, agora, culpar o cinema brasileiro ou a existência de um ministério que sempre existiu é pura ignorância. A palavra "cultura" não foi inventada pelo PT ou qualquer outro partido, sempre existiu e continuará existindo, independente da reclamação dos radicais de esquerda ou de direita porque, afinal de contas, os únicos países que conseguem ter suas obras pagas na bilheteria são os Estados Unidos e a China. Se alguém pensa o contrário é porque não entende nada de matemática. Todo mundo sabe que, até na ditadura militar, os filmes eram financiados por um órgão, na época, batizado de EMBRAFILME. em razão da carência no setor de produção e pela preservação da cultura. Outra coisa, a lei Rouanet nada tem a ver com os cofres públicos porque tem vínculo com a renúncia fiscal de empresas privadas que investem em projetos culturais e artísticos. A lei Rouanet não é fundo ou um caixa onde qualquer mal intencionado põe a mão para desviar verbas. O desvio de verbas é outro assunto, sim, de fundos que o MinC criou ou promove periodicamente. Portanto, o que está havendo é falta de informação do povo que frequenta as redes sociais e está indignado (com toda a razão) com o rombo deixado pelo governo Dilma, mas tal rombo não deve ser creditado somente ao Ministério da Cultura, considerando que existem muitos ministérios que possivelmente desviaram verbas bilionárias como a Agricultura, Saúde, Educação, etc. Por que não desviarmos o debate, de forma saudável, para essas outros setores? Simples, porque a imagem do Ministério da Cultura está associada a artistas e profissionais de esquerda, celebridades da mídia e por boa parte do público que odeia a Rede Globo, mas que nunca esquece de trocar de canal quando a TV está ligada. Vamos lembrar que artistas globais não inventaram o Ministério da Cultura e que se maioria ficou no primeiro lugar da lista de beneficiados é culpa de quem estava lá fazendo apadrinhamentos e não daquilo poderá se tornar a nova Secretaria da Cultura ou novo Ministério.
  Voltando ao foco e real razão de eu abrir um debate com esse artigo é que, enquanto artistas (globais ou não) contavam com verbas milionárias oriundas de renúncias fiscais de empresas ou fundos de produção (aí, sim, talvez exista "aquilo" que os cidadãos das redes sociais estão reclamando como desvio de verbas), produtores independentes ficam na última fila (ou nem isso), sem ver seu projeto cultural ter a sua chance. Se existia algum tipo de injustiça esta pesava na pele de alguém  que também era artista ou técnico, que sempre trabalhando honestamente e pagando seus impostos em dia, agora, também é criticado como se fizesse parte do mesmo balaio de gatos do antigo Ministério da Cultura. Isso, sim, é um radicalismo, nunca visto. Como sempre digo em meu perfil, não sou esquerda e nem direita, sou apenas um cidadão que critica este sistema corroído. Estou muito acima de qualquer discussão que caia no clima de irracionalidade. Sabemos que em países de Primeiro Mundo a cultura é elevada a um nível de superior, mas, aqui, no Brasil, milhões de analfabetos funcionais e universitários incultos, ocorre a inversão de valores, com uma boa parcela, em tom de vingança, pregar palavras de ódio e intolerância propondo o fim de um ministério. Por que todos não propõem o fim do Ministério dos Esportes, então? Ah, não! Povo alienado não pode viver sem futebol que enriquece os bolsos de jogadores de futebol que jamais se preocuparam em saber que tudo o que nos cerca leva a expressão "cultura". A cultura é a identidade de um povo e de uma nação. Países europeus e Estados Unidos, pelo menos, sabem disso, e toda e qualquer discussão promovida nas redes sociais tratada com educação e respeito. Que povo é esse que fala de patriotismo mas prega desunião? Daqui há pouco, tanto o fanatismo de esquerda quanto de direita poderá trazer resultados vergonhosos para a nação. Críticas são bem-vindas, sim, mas críticas construtivas. Basta de reclamações apresentem soluções. Brasileiro adora cobrar, mas na hora de ser cobrado, muitas vezes, comporta-se pior que o réu que está sendo julgado. Atualmente, com o advento da Operação Lava à Jato, liderada pelo juiz Sérgio Moro, o país promete ser passado a limpo. Será mesmo? O tempo vai dizer...
  Antes que alguém experimente contra-argumentar pensando que estou do lado "deste" ou "daquele", volto a repetir a minha real posição: sou apolítico, ou seja, não possuo partido. Não sou PT, PSOL, PDT, PSDB, DEM, PMDB e seja lá o que for. Tão pouco seria justo eu ser taxado de anarquista, uma vez que me posiciono de forma politizada e sem fazer politicagem. Antes de qualquer coisa sou um cidadão com direitos e deveres. Lembrem-se que os políticos já cultivam sua própria bandeira e que na época das eleições todos se unem novamente para compor alianças. Portanto, senhores, vamos refletir e pensar na educação e cultura de forma racional.





TESOUROS PERDIDOS? FILMES PRODUZIDOS SEM A LEI DO AUDIOVISUAL.

  Num país pobre como o Brasil e não em desenvolvimento (conforme anunciado pelos governos Lula e Dilma), o cinema ainda é uma obra milionária e que dificilmente pode ser produzida com poucos recursos. Todavia, abaixo, apresento a vocês, produções independentes do novo movimento de cinema brasileiro que emerge ignorando toda e qualquer oligarquia.

DESAPARECIDOS



  Numa iniciativa do cineasta David Schurmann, de fazer um filme de terror de alto potencial e com uma fórmula de raspão já assegurada pelo cinema americano em filmes como "A Hora do Pesadelo" e "Sexta-Feira 13", bastou ele se aliar a outros profissionais criativos e inconformados com o sistema de produção vigente para seu sonho de pesadelo (no bom sentido) virar realidade. Com um bom elenco de atores recrutados no underground paulistano, "Desaparecidos" é mais uma prova de que todo o tipo de preconceito contra o cinema nacional pode ser derrubado numa única exibição do filme, que estreou nos cinemas em 2011 e posteriormente encontrou distribuição em DVD e Bluray. Óbvio que se você encontrá-lo disponível no you tube não será nenhuma surpresa. Mas, surpresa mesmo foi descobrir depois que a atriz Natália Vidal alcançou projeção na novela "Amor & Revolução", uma super produção exibida pelo SBT.

A atriz Natália Vidal.


SINOPSE
Outubro de 2011. Uma festa VIP, em Ilhabela no litoral paulista. O convite? Uma câmera de vídeo que deve ser usada o tempo todo. Ela registra, aleatoriamente, imagens sem você saber quando está ligada.
Parece a festa perfeita? Não para um grupo de amigos que colocou o pé na estrada rumo à última balada de suas vidas. Dias depois de desaparecerem sem explicação, as autoridades encontraram seis câmeras abandonadas na mata.  Nelas as aterrorizantes imagens do que realmente aconteceu com os desaparecidos e porque as autoridades mantiveram segredo.
Você quer mesmo saber a verdade?
FICHA TÉCNICA
Direção: David Schurmann
Roteiro: David Schurmann e Rafael Blecher
Produtor: David Schurmann
Ano: 2011
Gênero: Terror, Suspense
Duração: 73’
ELENCO
Charlene Chagas (Alexa)
Natalia Vidal (Kamila)
Pedro Urizzi (Marco)
André Madrini (Rodrigo e Escravo)
Fernanda Peviani (Fábia)
Adriana Veraldi (Carla)
Francisco Carvalho (Pescador)
Eliot Tosta (Namorado)

 Assista o trailer:



EU ODEIO O ORKUT



  Foi também em 2011, que os gaúchos Evandro Berlesi e Rodrigo Castellano, viabilizaram um filme que só pelo tema chamaria atenção de qualquer produtor de calibre da corte cinematográfica. Quis o destino que Berlesi, misto de ator, escritor, cineasta e roteirista, lançasse um livro antes e fizesse um pouco de barulho. Ele sensibilizou gente de prestígio como Luana Piovani e o galã de TV Julio Rocha, que sacaram que uma boa ideia poderia virar um bom produto, independente de suas origens. Com cerca de 2 horas e 9 minutos, metragem inapropriada para uma produção do gênero, "Eu Odeio o Orkut", obteve êxito na base do boca a boca. Por se tratar de uma produção gaúcha, o que significa meia dúzia de portas para bater, na intenção de constituir uma boa parceria monetária, o longa-metragem, também estrelado por Marcos Kligman, Jessica Amaral, Jairo Mattos e pelo próprio Evandro Berlesi, teve logo em seguida uma segunda chance, com o lançamento em DVD duplo em todo o país.
  A coisa não parou por aí, Berlesi, com sua cabeça fervilhando de ideias, criou o grupo Alvoroço para a consolidação de novos projetos e parcerias. Situado em Alvorada, cidade da Grande Porto Alegre, o grupo Alvoroço espera algum dia fazer parte da tradição cinematográfica gaúcha. Recrutando tanto atores profissionais quanto amadores, atingiu seu ápice com o lançamento de "O Maníaco do Facebook", que contou com atores globais como Werner Schunemann (também diretor de longas-metragens) e o Ricardo Macchi (mais conhecido por ter arriscado sua carreira de protagonista encarnando o cigano Igor na telenovela "Explode Coração", exibida pela Globo em 1995). Esses e muitos outros, por trás das câmeras, ajudaram a fazer a diferença. E provavelmente continuarão ajudando. Afinal, os tempos mudaram, o que vale hoje não é um grande conglomerado ditando o gosto popular e sim um núcleo criativo expandindo a verdadeira arte e cultura.


Sinopse de "Eu Odeio o Orkut": Jader Bertola, trabalha de office-boy na funerária de seu tio, até viciar-se no Orkut (chegar ao offline do poço) e perder tudo, incluindo emprego e a namorada (que não estava disposta a continuar com um cara sem diploma, sem carro e sem vergonha na cara). O rapaz alvoradense entrou inocentemente na internet em busca de uma namorada para poder esquecer a última (que lhe trocou por um balconista do McDonald´s, local onde ele nunca colocou os pés por questões políticas) e acabou tornando-se um dependente. Internado em uma clínica de desintoxicação orkutiana, Jader Bertola faz um download de suas memórias para um colega de quarto escrever um livro contando a sua decadência (do convite maligno até o offline), como um alerta aos jovens que dia após dia entram idiotamente no Orkut sem saber que estão entrando num caminho sem volta, pois a cada duas pessoas que deletam suas contas no site (e saem fora), entram três (sendo que duas dessas três são aquelas duas que acabaram de deletar. Jader relata toda a sua vida, desde alguns fatos da infância na cidade, até a fase adulta (onde, às vezes, se comporta como uma criança).   O filme é uma adaptação do livro homônimo de Evandro Berlesi.


O cast básico do longa-metragem.



Luana Piovani prestigiando o livro "Eu Odeio o Orkut".


Para assistir, com a mente aberta, no you tube:    

     
    
O MANÍACO DO FACEBOOK - Filme completo:



DIÁRIO DE UM EXORCISTA



Se a queixa de um filme com limitados recursos econômicos, entrar em sua pauta. Imagine outro filme sem apoio da Lei Rouanet repleto de efeitos especiais e sustos. Foi assim que o multimídia (ator, diretor, produtor e confeiteiro de efeitos especiais, no bom sentido) Renato Siqueira despontou dos cursos que ministra na capital paulista para a fama. Evitando recorrer a órgãos culturais e seus profissionais de leis fomento que deviam estar apoiando os novos talentos, Renato arregaçou as mangas e se valeu de autossuficiência financeira para tirar das trevas o longa-metragem "Diário de Um Exorcista". Repetindo a mesma dinâmica feita por Evandro Berlesi em 2011, de lançar um livro antes do filme, Siqueira, em parceria com a Beto Perocini Produções, realizou o primeiro grande épico do cinema independente. No elenco, contou com atores de teatro experientes como Fabio Tomasini, Lisa Negri, Silvana Farina e alguns estreantes escolhidos a dedo. O filme tem tudo para supreender. Ao contrário das produções sem distribuição comentadas aqui, o longa-metragem de Renato Siqueira sai disparado na frente por ter um grande lançamento em DVD pela Europa Filmes. Não é novidade que grande parte dos lançamentos tem alcançado mais resultados quando comercializados nesta modalidade.


 Quando uma tragédia inexplicável abala sua família, o jovem Lucas Vidal desperta para a desafiadora missão de enfrentar o inimigo maior do homem e de Deus: o próprio Diabo. A história (baseada em fatos reais) do padre Lucas Vidal - um dos maiores exorcistas da América Latina - é contada em aterrorizantes detalhes. Conheça batalha dos padres exorcistas contra esses terríveis seres profanos que crescem em número e poder a cada dia. O mal foi liberto e não se sabe mais quem é humano e quem é demônio. Como poderão, os padres exorcistas, enfrentarem o inconcebível poder das trevas?

“Diário de um Exorcista – Zero” foi baseado no primeiro livro nacional sobre exorcismos reais lançado em 2013, "Diário de um Exorcista" (Generale), dos autores Luciano Milici e Renato Siqueira.

- Site oficial: www.diariodeumexorcista.com.br
- IMDB: http://www.imdb.com/title/tt4930760/?...
- Fanpage: https://www.facebook.com/DiarioDeUmEx...
- Instagram: /diariodeumexorcista
- Twitter: /diarioexorcista

Para fãs de terror e suspense, nasce uma produção nacional com um tema muito polêmico: o exorcismo.

“Diário de um Exorcista – Zero” será lançado exclusivamente em Vídeo on Demand e DVD, e dará origem à trilogia que será lançada nos cinemas a partir do próximo ano:

‘Diário de um Exorcista I – Gênese do Mal’
‘Diário de um Exorcista II – Possuídos’
‘Diário de um Exorcista III – Apocalipse’

A trilogia apresentará personagens, arcos, efeitos e muito mais terror, além de surpresas que não estão no livro e nem no Diário de um Exorcista – Zero.





Maiores informações podem ser obtidas no blog oficial de "O Diário de Um Exorcista": http://diariodeumexorcista.com.br/


Assista o trailer oficial do filme: 






QUERO DIZER-TE ADEUS



  O novo movimento de cinema brasileiro tem espaço até para cinebiografias de personalidades da história de nossa música. Longe de ser uma super produção como "Tim Maia" ou "Não Pare na Pista" (o filme sobre Paulo Coelho), "Quero Dizer-te Adeus", dirigido por Dimas Oliveira Júnior, um apaixonado pelo cinema clássico de Hollywood dos anos 1930 a 1960 e filmes da Vera Cruz e Atlântida, surge como um novo portal de possibilidades, o de resgatar ídolos da primeira metade do século XX, que normalmente as massas que nutrem o mau gosto pela música brega atual jamais suspeitariam existir. Tal como uma aula de história, porém, com pinceladas de entretenimento qual uma jukebox, Dimas Oliveira Junior em parceria com a sócia, a atriz Julia Costa, promove um lindo festival da velha guarda da música brasileira. A escola de atores, batizada de Oficinas Rosina Pagan, surgiu o projeto Velhos Nomes Novos Talentos, onde artistas da música de outrora são resgatados em curta-metragens que são exibidos regularmente no cine Odeon, no centro de São Paulo. A cada turma de alunos que encerra um curso que é ministrado por um núcleo de profissionais da casa, nascem longas-metragens e curtas que preservam a memória cultural de um tempo em que os brasileiros tinham orgulho do seu país.
  Economizando tempo em procurar celebridades dispostas a encarar os grandes nomes da música, Dimas criou seu próprio star system tal como a Hollywood que ele tanto amou desde que se conhece por gente. Em seus filmes, ainda há espera de lançamento compensatório em grande circuito comercial ou em DVD / Bluray via alguma distribuidora, destacam-se nomes como Willian Mello (do longa-metragem "Quero Dizer-Te Adeus"), Jefferson Mascarenhas (também co-astro do mesmo filme que Willian protagoniza), Bárbara Danielli (idem), Milene Haddad (mais especificamente revelada em montagem teatral, "Eu Quero é Pecar") e Talita Lima (que inacreditavelmente é a reencarnação da pioneira do rock Celly Campello em um documentário ainda inedito nos cinemas batizado de "Os Brotos Legais"), e a própria Julia Costa, a já citada sócia fundadora da Rosina Pagan e atriz de "Quero Dizer-Te Adeus" (cinebiografia sobre Orlando Silva). Em seu turno, Dimas procura privilegiar o talento, mas boa parte dos seus eleitos invariavelmente se enquadram na beleza física "padrão", que também era muito consumida pelo público do clássico cinemão. Com exceção de Evan Aires, pouco se observa no cast da Rosina Pagan uma brecha para atores fora dos padrões, ao nível de um Al Pacino, Dustin Hofmann ou Adrien Brody. A aceitação maior é sempre em torno de um candidato/aluno que lembre beldades consagradas que qualquer performer anti-estabilishment. Eu disse na maioria das vezes porque nesta escola todos os grandes talentos fazem a diferença. E mais... Combinar talento e beleza física nem chega a soar como descompasso, valendo-se de que a premissa do cinema é brindar o público com belas imagens seja através de atores ou paisagens (ou as duas coisas ao mesmo tempo). Numa época em que os caçadores de talentos andam sem talento e promovem um festival de figuras antifotogênicas no cinema oficial estamos quase descendo a ladeira nesse aspecto. Outro fator depreciativo, não esquecendo de acrescentar, é a questão dos atores de TV, que ficaram tão super expostos que acabaram despertando um alto grau de rejeição nas redes sociais. Existe tanto ator que já foi famoso e de talento que hoje poucos produtores lucidos os chamam para trabalhar. Enquanto isso, a esquerda rebate para defender a panelinha. Por outro lado, vem a direita que odeia o cinema brasileiro radicalizar com boicotes. Boicotar tudo e a todos é um ato de extremo subdesenvolvimento cultural. No final das contas, nós, artistas independentes e apolíticos, estamos sós. Ou então é hora de nos unirmos. Portanto, assistir uma iniciativa tão salutar como das Oficinas Rosina Pagan, nos faz acreditar que o american way of life não pertence apenas a cultura americana. É um sonho de todos, desde que não falte dinheiro, claro, efetuar uma matrícula. Se tudo parecia difícil para os estreantes, pelo menos, agora, abre-se esse portal de oportunidades.




Segundo a sinopse no facebook, é um filme que retrata a verdade de um ídolo do Rádio.
Essa é a história de uma voz, uma bela voz, que não durou mais do que o tempo equivalente a uma breve infância biológica. Exatos oito anos mais seis meses.A vida, os amores, a VOZ de Orlando Silva. 




Confira o trailer do longa-metragem ainda indisponível no you tube e outras plataformas:
   


Assista o making OFF de "Quero Dizer-Te Adeus":




O filme estreou em 18 de novembro de 2015 na Cinemateca de São Paulo.




SÓ PELO AMOR VALE A VIDA



  Também trafegando pelo mesmo hemisfério que Dimas Oliveira Junior, mas, de modo mais modesto está a produtora Mirella Spadon que resgata a carreira de Zequinha de Abreu, contando com o apoio do renomado cineasta, produtor e ator Carlo Mossy, que já atuou em 41 filmes, além de peças de teatro e novelas de TV. Mossy além de começar carreira no auge do cinema novo, também foi um dos maiores nomes da pornochanchada no Brasil. Com um elenco que, por sua vez, gratifica atores clássicos do cinema brasileiro que já fizeram sucesso no mainstream, tudo leva a crer que "Só Pelo Amor Vale a Vida" será mais um projeto independente que não ficará chorando pelo leite derramado no Ministério da Cultura.



EM BREVE, NOVAS PRODUÇÕES SERÃO COMENTADAS NO BLOG "A BÍBLIA DO CINEMA". ENVIE COMENTÁRIOS, SUGESTÕES E CRÍTICAS.




OBS. O autor deste texto não recebeu dos seus realizadores nenhuma cópia integral dos filmes comentados acima.