sexta-feira, 31 de julho de 2020

O CINEMA PERDE A CINEASTA E ATRIZ DILMA LÓES

  Atriz que iniciou carreira no final dos anos 1960, em filmes populares de comédia e que posteriormente se tornou diretora de cinema, agora entrou em sono eterno, completamente esquecida pela mídia.



  Foi em 2017, após assistir o filme "Quando as Mulheres Paqueram" (uma produção de 1971), eu não suspeitava que seria vitorioso em meu contato com a ex-estrela do nosso cinema. Neste filme, além dos aspectos que me surpreenderam, fiquei tocado por sua beleza. Descobri navegando pelo google e pelo you tube que ninguém havia realizado uma entrevista exclusiva com ela. Logo, em poucas horas, sem obter ajuda de qualquer veículo de comunicação oficial, obtive o endereço de e-mail oficial de Dilma Loes. Então, contei a minha história a ela. Fiz muitos elogios aos seus trabalhos realizados na década de 1970, escrevi um artigo que vocês poderão encontrar em meu blog e, finalmente, a tão almejada entrevista audiovisual, que vocês poderão conferir dois trechos que postei no meu canal EMERSON LINKS no you tube (DILMA LÓES Parte 1 e Parte 2). Muitos saudosistas lembram dela por causa de "O Bem Amado" (1973), de Dias Gomes, a primeira novela de TV gravada inteiramente em cores. Os mais jovens lembram de Dilma por ela ser mãe de Vanessa Lóes, mais conhecida como a esposa de Thiago Lacerda que por seus trabalhos como atriz na TV, durante os anos 1990. (Não interprete mal este último comentário, mas isso é o que as pessoas exclamam quando eu proponho um diálogo sobre a citada atriz global). Claro que isso não diminui a qualidade dos trabalhos que Vanessa realizou em outrora.    Enfim... É muita história para contar...
  Em tempo: De qualquer forma, apelando para o texto da matéria anterior, informo (aos alfinetadores) que Dilma, por sua vez, é filha do casal de atores Urnano Lóes e Lídia Mattos, que décadas antes construíram belas carreiras e ambos são pais da personagem que a própria filha interpreta na ficção, ou seja, no já citado longa "Quando as Mulheres Paqueram", que merecia melhor atenção, no meu entender, por parte dos verdadeiros estudiosos do cinema nacional. Coisas de Brasil. E pra piorar a Cinemateca Brasileira corre risco de desaparecer, não é mesmo? Daí, como sempre, nossa memória vai por água abaixo. (Entrarei neste assunto na próxima resenha). Precisamos reagir contra esses políticos que odeiam a memória do nosso cinema. 
  Retomando a minha história de contatos com Dilma Lóes pós-entrevista. Pois bem... Vamos lá...  Eu tinha planos de revê-la. Queria colocá-la em meu futuro longa "O Amor nos Tempos da Internet", mas fracassei por não levantar recursos necessários em tempo hábil. Entretanto, fui bem sucedido na parte documental. (...) A tecnologia me serviu de muleta, porém, eu ainda não dominava a captura de tela e gravei a entrevista usando uma câmera 35mm digital fixada frontalmente para o meu monitor de 50 polegadas LED. A entrevista durou três horas (aliás, a maioria das 2 mil entrevistas que realizei com atores, diretores, escritores, músicos e personalidades variadas sempre se sentem à vontade, creio) abordando os mais variados temas dentro e fora da Sétima Arte. Todos os sinais de imagem vindos direto da Florida (EUA). O que eu queria mais?...
  De repente, aqui, no presente, vivendo isolado da pandemia, fico perdido em pensamentos autocríticos. "Eu poderia ter ido além, trabalhando melhor na parte executiva?" (sic). Aí, paro de encher o saco de mim mesmo. Resolvo meditar, em silêncio, conforme a própria "dama de honra" chegou a me recomendar em momentos de tensão. Tarde demais, a física quântica começou a arder. Agora diante desta terrível notícia, nada mais posso fazer. (...) "Jamais esquecerei sua generosidade e carisma, querida Dilma". Certamente em algum futuro trabalho sobre cinema honrarei a memória desta estrela que, assim como muitas, o Brasil fez questão de esquecer.
  Não desenvolvi um texto profundo, nesta unidade porque já publiquei tudo aquilo o que eu considerava especial na matéria publicada em 30 de abril de 2017, neste blog. Eu recomendo que vocês, leitores e amigos, leiam e conheça melhor a obra de uma autêntica guerreira e diva.

Link da matéria sobre DILMA LÓES:


Emiliano Queiroz e Dilma Lóes na novela O BEM AMADO (1973).



Texto: EMERSON LINKS.




ASSISTA NO YOU TUBE:

DILMA LÓES - TRECHO 1 DA ENTREVISTA



DILMA LÓES - TRECHO 2 DA ENTREVISTA

PERDAS IRREPARÁVEIS: ALAN PARKER, LEONARDO VILLAR E A CENTENÁRIA OLIVIA DE HAVILLAND

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