Atriz, conhecida por ser um carrossel de simpatia e popularidade, nos deixou neste sábado, dia 25 de maio, sem a chance de uma despedida que pudesse ser digna de Sétima Arte.
Leyde Chuquer Volla Borelli, nascida em 7 de janeiro de 1935, em Belo Horizonte, Minas Gerais, sempre foi uma guerreira nata, vencedora de várias batalhas que a existência lhe impôs, principalmente a partir do momento que optou por seguir a carreira de atriz, numa época de puro conservadorismo e preconceito, os anos 1950 e 1960 (eis aí um contraste: ela entraria em confronto, décadas depois, com uma atriz pornô, Isis Fischer, no programa Altas Horas, condenando determinados tipos de "coitos"). Entretanto, o que vale, aqui, é sua memória artística, certo? Mas eu tinha que mencionar o fato porque a contradição faz parte da vida humana e com Lady Francisco não seria diferente. Então, desde jovem, ela lutou, venceu e, enfim, ficou famosa, porém, seguiu lutando para se manter no ofício, ignorando a implacável concorrência proclamada pela nova geração de atores. Não fosse pelos problemas de saúde trabalharia mais, vencendo novas batalhas, porém, conforme anunciado na chamada acima, a tão indesejável hora de responder as leis da existência chegou sem dó nem piedade.
Amigos e fãs nas redes sociais estavam preparados para o pior. A artista havia sido internada na UTI do hospital da Unimed-Rio, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, desde o dia 28 de abril, em virtude de complicações apresentadas no pós-operatório de uma correção de fratura de fêmur: durante um passeio Lady sofrera uma queda ao tentar defender seus cachorros de estimação de um ataque de um grupo de quatro cães maiores. No desenrolar do período houve um decréscimo do seu estado de saúde (ainda não se sabe por quais outras razões isso se deu). Ela não resistiu e seu último sopro de vida, segundo as informações que chegam, foi às 13h10, por falência de múltiplos órgãos, decorrente de isquemia enteromesentérica (transtorno vascular agudo dos intestinos). Como um tecnocrata da dramaturgia televisiva diria: "Este foi um triste final diferentemente dos desfechos felizes das novelas e filmes que Lady Francisco atuou". (...) Eu, dentro de minha esfera geográfica limitada, mesmo espiritualmente impotente, optaria por dizer o seguinte: "Se houve dor física profunda a mesma já findou juntamente com a própria desconfiguração imposta pelo plano material que conduziu Lady ao descanso eterno". São palavras minhas, desprovidas de suporte poético, mas são sinceras.
(Emerson Links)
Contracenando com Francisco Cuoco na novela "Pecado Capital", da TV Globo (1975).
Foto recente: Lady Francisco (da esquerda para a direita), Alcione Mazzeo (ao centro) e Fernanda de Jesus (a direita).
FILMOGRAFIA DE LADY FRANCISCO
Fonte: Wikipedia.
Ano | Título | Personagem |
---|---|---|
2017 | Goitaca | Mãe Ci/Iara - Mãe d'água |
Ódio | Estela[16] | |
2010 | A Casa Errada | Velha[17] |
1987 | Sexo Selvagem dos Filhos da Noite | |
1985 | O Verdadeiro Amante Sexual | Marta[18] |
1984 | Amenic - Entre o Discurso e a Prática | |
Aguenta, Coração | Tutuca | |
1982 | Punk's - Os Filhos da Noite | |
Profissão Mulher | Vera | |
1981 | Anjos do Sexo | Lourdes[19] |
Rapazes da Calçada | Luís[20] | |
1979 | Uma Estranha História de Amor | Mônica[21] |
Viúvas Precisam de Consolo | Dolores[22] | |
O Preço do Prazer | ||
Os Foragidos da Violência | Paula[23] | |
1978 | Os Melhores Momentos da Pornochanchada | Ela Mesma |
Desejo Violento | ||
1977 | Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia | Lígia[24] |
O Crime do Zé Bigorna | Marlene[25] | |
1975 | Com as Calças na Mão | Mulher no Bar |
O Roubo das Calcinhas | Kátia | |
O Padre que Queria Pecar | Mulher do Síndico[26] | |
As Deliciosas Traições do Amor | Petúnia[27] | |
As Loucuras de um Sedutor | ||
1974 | Um Varão entre as Mulheres | Sandra |
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